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Entendendo a Defesa em Dívida Ativa e Execução Fiscal: Como Proteger seus Direitos

Atualizado: 4 de ago.


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Introdução:


Entendendo a Defesa em Dívida Ativa e Execução Fiscal: Como Proteger seus Direitos. Encontrar-se em dívida ativa ou sujeito a uma execução fiscal pode ser uma situação desafiadora e estressante. No entanto, é importante saber que existem maneiras legítimas de defender seus direitos e afastar essa exigência. Neste artigo, vamos explorar o que é a defesa em dívida ativa e execução fiscal e como você pode proteger seus interesses perante o sistema tributário.


1. O que é Dívida Ativa e Execução Fiscal?


A dívida ativa é uma situação na qual um contribuinte tem débitos fiscais pendentes com o governo, que foram inscritos na dívida ativa pela autoridade tributária. Esses débitos podem incluir impostos, taxas, contribuições previdenciárias e outras obrigações tributárias não pagas. Quando não há o pagamento voluntário desses débitos, o fisco pode iniciar um processo de execução fiscal para cobrar os valores devidos.


A execução fiscal é um procedimento judicial utilizado pelo governo para cobrar os débitos inscritos na dívida ativa. Nesse processo, o poder judiciário é acionado para emitir uma ordem de pagamento coercitiva, permitindo que o fisco execute bens do devedor ou tome outras medidas legais para garantir o pagamento da dívida.


2. Motivos para Contestar uma Exigência Fiscal:


Existem várias razões pelas quais alguém pode contestar uma dívida ativa ou execução fiscal. Entre elas, estão:


  • Erros administrativos: como cobranças indevidas, cálculos incorretos de tributos ou inclusão de valores inexistentes na dívida.


·         Um exemplo de erro administrativo no contexto do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) seria o equívoco cometido pelo órgão municipal ao determinar a base de cálculo do imposto. Por exemplo, suponha que um contribuinte receba uma notificação de cobrança de IPTU com uma base de cálculo significativamente maior do que o valor real do seu imóvel, devido a uma avaliação inadequada realizada pelo órgão fiscalizador.


·         Se o contribuinte não questionar essa cobrança e efetuar o pagamento do valor indevidamente calculado, estará arcando com um ônus financeiro injusto e desproporcional. Nesse caso, é essencial que o contribuinte conteste a cobrança, apresentando provas documentais ou laudos técnicos que evidenciem o equívoco na determinação da base de cálculo do IPTU. Essa medida visa corrigir o erro administrativo e garantir que o contribuinte não seja prejudicado financeiramente de forma injusta.


  • Divergências legais: quando o contribuinte discorda da interpretação da lei feita pelo fisco e considera que não deve o valor cobrado.

  • Falta de notificação adequada: se o contribuinte não foi corretamente notificado sobre a existência da dívida ou sobre o processo de execução fiscal.

  • Prescrição: quando o prazo para cobrança da dívida expirou de acordo com a legislação aplicável.

Esses são apenas alguns exemplos, e cada caso deve ser analisado individualmente para identificar os motivos específicos da contestação.


3. Estratégias de Defesa em Dívida Ativa e Execução Fiscal:


Existem diferentes abordagens para contestar uma dívida ativa ou execução fiscal, incluindo:


  • Apresentação de defesas administrativas: como impugnações e recursos administrativos junto ao órgão tributário responsável.

  • Interposição de defesas judiciais: através de ações judiciais específicas, como embargos à execução, mandado de segurança fiscal ou ação anulatória.

  • Negociação de acordo: buscando uma solução amigável com o fisco, como parcelamento da dívida.

É essencial contar com a orientação de um advogado especializado em direito tributário para desenvolver a estratégia mais adequada ao caso e garantir a proteção dos direitos do contribuinte.


4. Recursos Legais Disponíveis:


Além das estratégias mencionadas, existem outros recursos legais disponíveis para quem está enfrentando uma dívida ativa ou execução fiscal. Entre eles estão:


  • Parcelamento: possibilidade de parcelar o débito em várias prestações, facilitando o pagamento.

  • Compensação: utilização de créditos tributários ou valores depositados judicialmente para quitar ou abater parte da dívida.

  • Transação Tributária: acordo feito entre o contribuinte e o fisco, mediante concessões mútuas, a fim de extinguir o débito tributário.

Cada recurso tem suas próprias regras e requisitos, e a escolha do mais adequado dependerá da situação específica do contribuinte.


5. Importância da Assessoria Jurídica:


A defesa em dívida ativa e execução fiscal é uma área complexa do direito tributário, e contar com a orientação de um advogado especializado é fundamental para garantir uma defesa eficaz e proteger os interesses do contribuinte.


Um advogado especializado terá o conhecimento técnico necessário para analisar o caso, identificar os melhores argumentos e desenvolver uma estratégia jurídica sólida. Além disso, ele poderá representar o contribuinte perante as autoridades fiscais e judiciais, garantindo que seus direitos sejam adequadamente defendidos ao longo do processo.



6. Conclusão: 


Enfrentar uma dívida ativa ou execução fiscal pode ser uma situação desafiadora, mas não significa o fim do jogo. Com a orientação adequada e o conhecimento dos seus direitos, é possível contestar uma exigência fiscal e encontrar uma solução favorável. Não hesite em buscar a ajuda de um advogado especializado em direito tributário para orientá-lo nesse processo e proteger seus interesses.





4. Sobre a Autora deste Conteúdo



Aline Santos Advogada tributarista

Dra. Aline dos Santos é advogada tributarista e atua exclusivamente no Direito Tributário, assessorando empresas e pessoas físicas na realização de pareceres jurídicos, recuperação de impostos, gestão de passivo tributário, planejamento tributário, defesas administrativas e execução fiscal.


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